quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

ARCOVELÂNDIA: HISTORINHA DE TRANCOSO À BEIRA DE 2010

Mais um ano vai chegando no reino da Arcovelândia. Nem o primeiro semestre emplacou direito e muita gente está ouriçada - isso porque o ano é eleitoral. Aqui na Arcovelândia todos adoram política. Acontece é que foi a política, feita com "p" minúsculo, que "astravancou"(como diria um personagem de Chico Anísio) o progresso da província. Há mais de 20 anos grupos vem se degladiando, buscando espaço político para alrgar suas bases de sustentação. Nesse embate a cidade ficou para trás, principalmente, em termos econômicos. Enquanto isso, minha querida Garanhuns avançou. Outras cidades também avançaram. Foram esquecendo de dotar Arcovelândia de infraestrutura, relegaram a auto-estima do povo, descuidaram de logradouros importantes(vide o passeio da Padre Roma e abandono da Zeferino Galvão). Bem que o atual gestor vem tentando mudar esse cenário. Mas a herança é indigesta e não basta acenos de boa vontade. A cidade pede, já e agora, mais obras de pedra e cal urgentemente. Uma cidade do porte de Arcovelândia não pode conviver com metralhas expostas em suas principais avenidas. E essas metralhas, geralmente, são oriundas de construções realizadas por mestre-de-obras a mando de comerciantes "progressistas" que não se importam com a "feíura" da província.
Mesmo sendo derrotado várias vezes nas urnas, o fantasma de Julião Julu, por incrível que pareça, ainda, vem espantar outras forças que agora ditam o status quo municipal. Ou pelo menos incomoda aqueles que teimam ficar brincando da "Diana do Pastoril". Vejam um exemplo: certa vez, na Arcovelândia, um grupo de atletas precisou de patrocínio para uma competição no Sudeste e foi pedir apoio para a viagem. Resultado: voltaram de mãos abanando só porque o pai de um atleta tinha servido no "Exército dos Borboletas Azuis" comandado por um "general" que ainda rezava pela cartilha de Julião Julu. Em contra-partida, os atletas trouxeram várias troféus da competição. Ou seja: por uma querela ultrapassada e sem sentido deixou-se de apoiar atletas da terra na hora que eles mais precisavam pelo simples fato de não querer "afagar" inimigos já derrotados e mortos. Já é hora da Arcovelândia fazer política com grandeza, sem revanchismos descabidos. Já é hora de olhar para as pessoas e cumprimentá-las pelo o que elas são e significam para a história da cidade. Os líderes políticos não podem continuar se esboçando no jeito ultrapassado de fazer política daqueles que foram derrotados. É preciso oxigenar e abrir o peito na hora de vislumbrar um novo tempo para a cidade. Vamos olhar para frente, sem olhar para os zumbis que teimam em nos puxar para o passado caduco e decrépito. Afinal, o povo só quer ser feliz. Somos uma só cidade. Uma cidade de todas as cores. Uma cidade que sabe ser generosa com quem trabalha por ela. Mas, acima de tudo, uma cidade onde o revanchismo partidário não se sobreponha às amizades e as vontades legítimas de seu povo. Acredito que, o prefeito Zeca Cavalcanti - do alto da sua boa educação e de sua larga visão política - também pensa assim. Por fim, fica aqui um feliz ano novo à todos, todos mesmo, funcionários da Prefeitura de Arcoverde.

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