quarta-feira, 28 de abril de 2010

Uma cidade chamada Triunfo

Depois de muitos anos(estive lá nos anos 80), pude rever a bela Triunfo. Cidade de casarõres preservados, com becos e vielas charmosas que lembram um pouco a velha Olinda. Almoçamos em uma pousada ao lado do teleférico do Sesc. Esquecí a dieta e consumí, sem remorso, uma lazanha acompanhada de pedaços de galinha. Gostei do que ví: o casario está bem preservado e uma reforma(ao lado do lago) vai deixar ainda mais bonito principal cartão-postal da cidade. O que destoa do cenário são as novas construções, no entorno do Cine-Theatro Guarani, que enfeiam um pouco o local. Mas aí é pedir demais para o progresso não avançar. Acho que nem a prefeitura pode fazer algo quanto ao problema. Coisa similar aconteceu com a rua da Aurora no Recife. Antigos mandatários poderiam não ter permitido a construções de arranha-céus, pelo menos ao lado e por trás do casario. Mas, apesar dos males do progresso, Triunfo continua bela e misteriosa. Deverei voltar durante o circuito do Frio(em julho).

Viagem à Vila Bela

Em trinta dias de férias estive, apenas, em Serra Talhada(terra da companheira de todas as horas - a cheff Luciana Santos) e Triunfo. Muitos imprevistos impediram minha ida ao Recife, onde iria rever antigos companheiros das redações. Na antiga Vila Bela pude, finalmente, visitar como calma o museu da cidade que naturalmente é basicamente voltado para a exposição de objetos e fotos de Virgulino Ferreira - o Lampião e seu bando. O museu funciona numa ampla casa, próximo à Matriz de Nossa Senhora da Penha - padroeira de Serra Talhada, que num passado glorioso abrigava um cartório. No momento em que estava embrenhado nas estórias de cangaço, me deparei com turistas do Rio Grande do Norte, Bahia, Alagoas e outros Estados. Fora isso, andei pelas ruas do centro da cidade e pude ver que algumas artérias estão esburacadas e abandonadas - caso da Afrânio Godoy, onde um lado da pista possui um desnível de quase 10 centímetros. Em alguns bairros, como o São Cristovão, muitas ruas estão no chão batido. Outro ponto de negativo: pegar ônibus urbano em Serra Talhada é artigo de luxo. Existe um coletivo por bairro e as pessoas passam mais de uma hora esperando um ônibus. Por tabela, o número de moto-taxistas na cidade já passa dos mil. É impressionante como uma cidade com tantos políticos importantes no cenário regional esteja tão abandonada. Será necessário, talvez, aparecer outro Lampião para vingar a honra dos sertanejos esquecidos pelos políticos que só pensam em eleição.